segunda-feira, 26 de agosto de 2013

OUTRO ACORDAR

Fugir para onde?
          Todos os espaços são um só deserto!
          Tem sido assim os dias em um lugar que deveria ser de discussões, ou de boas conversas, ou de muita literatura solta no ar e respiraríamos outro oxigênio.
         Mas os dias de monotonia se arrastam e por lá se cumpre sempre só o dever e o prazer deve estar em uma lixeira fechada, muito bem fechada.
          Quando respirar neste ambiente se faz quase impossível, o Projeto SAPLI: Sociedade dos Amigos da Prática Literária se incomoda e parte para o ataque:
          É chegada a hora de um novo acordar, diz o coração inquieto da Profa. Giselle Riberio (Coordenadora do Projeto), o coração de Flávio Amorim Dias e Rayane Serrão (Bolsistas) e é também o que diz o coração de Ivana Matos e Henrique Lobato (Voluntários do Projeto).
         Então sabemos que por lá a bruta realidade se instalou e o compromisso do Projeto SAPLI é, em alguns momentos, raptar os estudantes do curso de Letras-Língua Portuguesa e levá-los a um espaço negado pelos compromissos marcados no calendário: avaliações tradicionais ou aqui e acolá umas aventuras, quando se tem abertura.
         Para NÃO mais roer o ócio e tentar a fuga do vazio, o projeto SAPLI anuncia uma nova exposição:

        Voar, voar até o Max(imo) que puder.
        As provocações poéticas de Max Martins no céu.

         A exposição levará para as salas de aula do curso de Letras alguns poemas de Max Martins (poeta paraense) e para romper com a ideia única de ler com os olhos, haverá, por lá, o momento de ouvir, ler com o ouvido. Neste  momento Os Guardadores da Palavra Poética entrarão nas salas de aula para dizer os poemas do autor escolhido e homenageado na exposição.

          Mo.no.to.ni.a: ausência de variedade, atitude determinante para o ócio e estimulante para o Projeto SAPLI que afirma:

          É preciso “Voar, voar até o Max(imo) que puder”.    

          A exposição acontecerá na UFPA, nas salas de aula do curso de Letras-Língua Portuguesa, durante todo o mês de setembro.    
 


Um comentário:

  1. Seu trabalho me foi apresentado (por um pássaro que voou) no período de divulgação da exposição "Para não mais dormir". Achei maravilhosa a ideia. Na verdade, o projeto em si é muito bom e fazer parte d’Os Guardadores da Palavra Poética deve ser encantador. Uma grande lástima é imaginar que suas duras palavras sejam expressão da realidade: "os dias de monotonia se arrastam e por lá se cumpre sempre só o dever e o prazer deve estar em uma lixeira fechada, muito bem fechada." Uma tristeza absoluta, isso!!!

    Faço votos que seu poético intento dê saborosos frutos. Mesmo sabendo que muitos paraenses não gostam de nossa literatura.

    Quanto ao espaço deserto, sou do tempo em que as salas não eram refrigeradas (calor, pó de giz e portas bem antigas de madeira pesada que emperravam - rsrsrsr. Fechá-las era bem difícil). Pois bem, aquela estrutura antiga permitia que víssemos o movimento externo: os transeuntes, os pássaros, o balançar das folhas das árvores. Era bom, pois dava alguma leveza ao ambiente nem sempre agradável das "obrigações" acadêmicas.

    Abraço!

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